Sustentabilidade x Automação Residencial

                    

                         Uma Edificação Inteligente é aquela capaz de gerar seus insumos, reciclá-los e gerenciar de maneira eficiente as suas funções cotidianas e o impacto diário no micro e no macro ambiente.
                        É necessário frisar, em primeiro lugar, que a definição de domótica é aquela que permite a gestão de todos os recursos habitacionais. O termo “Domótica” resulta da junção da palavra latina “Domus” (casa) com “Robótica” (controle automatizado de algo). É este último elemento que rentabiliza o sistema, simplificando a vida diária das pessoas, satisfazendo as suas necessidades de comunicação, de conforto e segurança. Quando a domótica surgiu (com os primeiros edifícios, nos anos 80) pretendia-se controlar a iluminação, condições climáticas, a segurança e a interligação entre os 3 elementos.
                       Nos dias atuais, seguimos o mesmo parâmetro, porem nao com o contexto militar ou industrial, mas doméstico.
                      Além disso, é comumente depararmos com equipamentos que são instalados em nossos lares pelo impulso do mercado lógico do momento que acaba por resolver problemas localizados, porém sem nenhuma integração entre si. Trazendo assim, frustrações ao usuário final, onde acabam se tornando cheios de controles e dispositivos individuais que trazem desconforto e de difícil operacionalidade; e a partir desta problemática que a Automação Residencial se desenvolve, ela nada mais é do que a integração desses equipamentos que facilitam ao usuário seu controle á distancia, por telefone ou computador – a iluminação e ventilação das residências, acionamento de eletrodomésticos, é possível, por exemplo, monitorar a empregada, alimentar seu animal de estimação, irrigar jardim, aquecer a banheira ou ordenar a “aspiração central a vácuo” da poeira da casa.
                    Em Segundo lugar, a sociedade atual é o resultado de uma evolução em ritmo acelerado e onde predomina a informação. Em termos históricos é possivel identificar o período entre 1800 e 1950 como o designado por sociedade industrial e onde predominam os produtos. Entre 1950 e 2000 temos a denominada sociedade pós-industrial onde predominam os serviços e de 2000 até ao presente temos a sociedade da informação onde o que predomina é exatamente a informação e o conhecimento. (acasainteligente.com).
                     De fato com a rapidez com que a sociedade da informação e do conhecimento está a colocar a tecnologia na vida de cada um, está também a mudar o conceito de casa, no que ela nos proporciona e de que forma ela deverá evoluir para satisfazer as necessidades atuais das pessoas. O que a pouco tempo era adequado, hoje não passa do básico e as tendências atuais em termos tecnológicos e sociais fazem que sejam reavaliados o conceito de habitar e suas respectivas tecnologias e aplicações, para que não se tornem obsoletas e não preparadas para o futuro.
                     Do mesmo modo, o conceito de inteligencia nao se define apenas em seu gerenciamento dos elementos básicos (comunicação, conforto e segurança), para se tornar inteligente é preciso que seje ecoeficiente, é satisfazer as necessidades básicas dos ocupantes de uma edificação sem agredir ao meio ambiente: melhorar a qualidade de vida, proporcionar redução do trabalho doméstico, aumentar o bem estar e a segurança de seus habitantes e proporcionar a utilização racional e planejada dos diversos meios de consumo. Assim, o próprio sistema cuida pelo bem estar dos moradores da residência, sem que seja necessária a intervenção direta dos mesmos. E propria concepção do projeto, seguindo estas diretrizes, é possivel alcançar este objetivo.
                     Segundo Mário Hermes Stanziona Viggiano,Arquiteto sistêmico diz:
"A inteligência” de uma edificação revela a forma com que ela foi projetado em relação às condicionantes climáticas para gerar uma necessidade básica do ser humano que é o conforto. Inúmeras experiências nos mostram que boa parte do que se consegue obter de conforto ao nível residencial provém de meios naturais e pode ser conseguido a partir da correta utilização de materiais construtivos, da orientação da edificação em relação ao sol e os ventos, do tamanho das aberturas, do tamanho e orientação dos cômodos, das cores, da presença ou da eliminação de elementos como a água e da utilização da vegetação."

                      Além dos recursos naturais de que dispomos na chamada Arquitetura Bioclimática, muito se pode fazer ao nível dos equipamentos que operam diretamente na minimização dos impactos ambientais e até na obtenção de retornos financeiros na forma de economia de insumos como por exemplo, a água. Hoje já dispomos de equipamentos próprios para a coleta e tratamento da água da chuva, para o tratamento de esgoto residencial, equipamentos e sistemas economizadores de energia e outros que são capazes até de gerar a nossa própria energia elétrica a partir de fontes inesgotáveis como o sol e os ventos.


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